A PRISÃO DE TEMER E A REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Tenho visto o entusiasmo exacerbado, quase orgásmico, com que grande parte dos brasileiros recebeu a notícia da prisão do ex-presidente Michel Temer, ocorrida em 21/03/2019, transmitida com grande estardalhaço de cobertura midiática. Para parte expressiva dos brasileiros esta prisão é recebida com sabor de vingança pessoal, com uma sensação de gozo íntimo que, se por um lado é compreensível, ante os malefícios político-administrativos que Temer perpetrou quando se encontrava na Presidência, por outro lado nada tem haver com um desejo sincero de apuração de fatos, delimitação dos eventuais crimes e imposição de uma pena justa, após um julgamento no qual o acusado possa exercer plenamente seu direito de defesa, de forma a termos uma sentença que esteja de acordo com a Lei e com a Justiça. Não é isso o que as pessoas demonstram desejar. Elas, simplesmente, parecem querer vingança, pouco importando todos os aspectos anteriormente citados. Em seu frenesi vingativo, no qual o fígad